A Expovinis 2009, o maior evento do segmento de vinhos da América Latina, que ocorreu entre os dias 5, 6 e 7 de maio, é uma grande oportunidade de negócios para os que lá vão com esta finalidade. Digo desta forma pelo fato de que foi a minha primeira participação e, no conceito geral, fiquei impressionado, mas impressionado negativamente. Fui no segundo dia. Cheguei por volta das 16:30h, pavilhão ainda vazio, mas quando o início de noite chegava , junto vinham os "profissionais", o que até então estava calmo, se tornou uma farra só. Sommeliers de determinadas redes de restaurantes "cambaleavam" em grupos fazendo a maior algazarra. "Agora vamos ao stand da Salton, lá tem uns vinhos bons 'pra nóis tomá'", comentou um dos representantes de alguma dessas casas luxuosas de SP. Vergonhoso! Enquanto eu conversava com o meu amigo Rafael, da FTP Wine, um rapaz apareceu para provar seus vinhos e revelar o quanto alguns associam a feira a um lugar onde o que vale é "tirar a barriga da miséria". Lembra disso, Rafael? Por questão ética não direi daonde é este sujeito, mas saibam que representava uma rede de restaurantes muito conhecida entre os apreciadores da boa culinária. Por outro lado, os profissionais sérios também marcaram presença. O mestre Sérgio Inglez foi uma das grandes figuras que prestigiaram o evento. Mas como a natureza do ser humano sempre dá mais destaque ao que ocorreu de negativo, não fugirei à regra, e volto a dizer: que vergonha. Que a Expovinis 2010 seja realmente uma feira para negócios, e não um enorme salão onde as vinícolas e importadoras encham a pança dos que não sabem qual é o seu real significado.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
sábado, 2 de maio de 2009
Olha o Barraco
Era pra ser uma daquelas noites perfeitas para se aproveitar uma boa companhia, em um bom lugar aos goles de um bom vinho. Assim pensavam os clientes que foram ao restaurante Gero, do grupo fasano, na noite de de sábado (25/04). Por outro lado, um casal foramdo por um estrangeiro e uma bela jovem linda e loira, entraram e sentaram em uma mesa que estava reservada para quatro pessoas. O aviso do garçom foi o estopim para que a loira causasse o maior barraco. Aos gritos, ofensas e ameaças foram proferidas ao funcionário que assutado chamou o mâitre para resolver o problema. Por ironia, o casal foi acomodado ao lado de Fernando Haddad, Ministro da Educação, que jantava com seus filhos. Mesmo assim a moça não parou de falar. Discutiu com um outro cliente e ainda lhe jogou um copo de água. Este repondeu da mesma forma, mas a loira não se fez de rogada e mandou outro copo, mas agora com vinho ( que desperdício). Fim do barraco. E aos que resistiram até o fim a todo o "auê", o Gero não cobrou boa parte dos vinhos servidos.
Futebol, boa culinária e vinho
Aos 39 anos, o ex-jogador Leonardo, que atou no Flamego, brilhou no São Paulo, se aventurou no Japão e na França e imortalizou seu nome no rubronegro italiano, o Milan, é um exemplo raro de vitória durante os tempos de atleta e, principalmente, como diretor de um dos maiores clubes do mundo, o Milan. Poliglota, gourmet e engajado, Leonardo mostra que suas habilidades e escolhas também são muito refinadas quando o assunto o assunto é alta gastronomia e, claro, vinho. Há 12 anos na Itália, o restaurante La Briciola, do proprietário Giani Valveri, é considerada a segunda casa do cartola, onde saboreia uma pasta al dente com um bom vinho tinto siciliano - seu preferido é o Dona Fugata.
A Gastronomia na Origem da Civilização
A origem da civilização humana é um tema que absorve muitas teorias, entre elas, a de que a gastronomia, segundo o historiador italiano, Massimo Montanari, teve um papel fundamental neste processo de evolução. "No processo de reelaboração do ambiente natural como cultura, o homem se torna dono do seu próprio destino, produz sua comida, não depende mais (totalmente) da natureza. Mesmo os períodos de fome, foram fundamentais para este processo, pois permitiu ao ser humano identificar alimentos duráveis que pudessem não apenas nutrir, mas também constituir reservas e criar técnicas para sua conservação", afirma o historiador, que cita o quanto a gastronomia passou a ser considerada como um modismo. Fator que cega a ser bom, mesmo que feito da forma declinada de modo vulgar e interessado, como pura questão de marketing.
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